sábado, dezembro 05, 2009

Platini

Numa entrevista ao "Le Figaro", o actual presidente da UEFA e um dos maiores génios de sempre do futebol mumdial, Michel Platini, mostra-se fortemente contrário à introdução de meios de certificação de lances através de vídeo, como elemento complementar da arbitragem.

Para Platini, a televisão matou a arbitragem, mas não será ela que a vai salvar. A sua única proposta é a generalização do uso de mais dois fiscais por jogo, colocados junto às balizas.

Tendo a concordar. O uso de meios tecnológicos "cortaria" o ritmo de jogo e, além do mais, exigiria um arsenal de câmaras e estruturas difícil de sustentar e de generalizar. O futebol terá de continuar a ser humano. Como o erro.

5 comentários:

Correia de Araújo disse...

Tendencialmente de acordo, mas... para este homem que "sentenciou" o meu F. C. Porto (antes da própria sentença) e para quem a "batota" é totalmente inadmissível no futebol, esperava-se outra abertura no sentido de mais eficácia e verdade nos resultados desportivos.

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai Senhor Embaixador não sei, não!
É que há com cada erro humano...

Carlos Falcão disse...

O aferro popular pelo futebol não se desmente. Alternadamente, descrito como a encarnação de uma visão do mundo contemporâneo, um ideal democrático, ou ainda, como uma afirmação de identidades colectivas, "il est en passe" de impor os seus valores e códigos para ao mundo social, político e económico. Nesta perspectiva, o futebol, um fenómeno social?

Concordo: Touche pas à mon foot! O futebol terá de continuar a ser humano.

Francisco, aproveito a "boleia" deste seu texto, para um rappel sobre o Mondial 2010 na RSA. Portugal herdou do Brasil, da Coréia do Norte e da Costa do Marfin, com um Portugal / Brasil a 25 de Junho de se lhe tirar o chapéu... . Vai ser muito mais do que uma simples "peladinha".

Cordialemente

Anónimo disse...

Acho que de facto se fosse reposta a verdade convencionada em cada lance, se perdia o aliciante do impacto gerado pela sensação de injustiça que consegue despoletar as mais intensas emoções de forma primária, ou seja haveria tempo para a racionalidade, para desactivar o Id, Activar o Ego E o Superego e o jogo tornar-se-ia infindável.Por favor...Haja paciência.
Obviamente que me rendo ao poder do futebol, até acho, que remédio, que é uma forma peculiar de comunicar, mas concordo com Platini que se perderia o Mote de discussão com as respectivas consequências económicas, causa justa ou não e atendendo à relação custo beneficio.
De qualquer forma gostaria de ver a experiência só para conferir se se faria a tal justiça...
Isabel Seixas

Miguel RM disse...

Permita-me discordar. Não é por haver meios tecnológicos em jogos de maior importância que tem de haver em todos. Há muitos jogos entre amadores que nem têm árbitro ou então só têm árbitro, não têm fiscais de linha. O futebol é um mundo demasiado fechado sobre si próprio. Olhem para a utilização de meios electrónicos no ténis e no râguebi e digam-me lá se se perdeu algum ritmo.

Maduro e a democracia

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