quarta-feira, setembro 07, 2016

A síndrome do Mandarim

Ontem foi Joseph Stiglitz, a plagiar João Ferreira do Amaral, dizendo que Portugal não tem futuro dentro do euro. Meio país ecoou o Nobel e o outro descreu na profecia. 

Hoje é Tony Barber que, só tendo agora recebido a difícil tradução do discurso do Pontal, fala da "tempestade perfeita" que pode aguardar a economia portuguesa, num interessante editorial do "Financial Times" que vai fazer a glória das Cassandras do comentário nos próximos dias (o que já aí vai de euforia oposicionista pelas redes sociais!). Texto que, aliás, ganha em ser bem lido até ao fim, isto é, até ao ponto em que fala da inconveniência absoluta para a Europa dessa hipotética conjugação climática.

No Mandarim, Teodoro tocava a campaínha e o mandarim morria na China. Aqui são o Project Syndicate e o FT que "matam" à distância, uma espécie de "drones" mediáticos.

9 comentários:

Anónimo disse...

Bom arranque de texto, um arranque que chegasse a todos era escrever que Sitglitz plagiou o PCP.

Mas como o embaixador não grama os comunistas e o ferreira do amaral até é aviscondado, troca-se o que há há tanto, tanto tempo disseram Carlos Carvalhas e Octávio Teixeira.

Ninguém ligou aos alertas de Carvalhas, de Teixeira e do PCP na devida altura, por tontos e radicais apagaram-nos no jornais - como continuam aliás a fazer, leia-se Pacheco Pereira, http://gpsemedia.blogspot.pt/2016/09/trabalho-sujo.html.

Pois pudera, se andavam tão empenhados em desenhar tratados e moedas únicas.

Se não se importam, entre a opinião dos que alertaram para isto que hoje se vive na Europa, os que ajudaram a fazer os tratados e o jornal FT continuo a preferir os comunistas. Sempre tiveram razão nos seus alertas.

Anónimo disse...

Aqui está um europeísta no seu pior!
João Ferreira do Amaral tem um enorme crédito no que escreve, advogando a saída do Euro - convém ler o que ele diz, visto haver uns tontos que não o leram e apesar de tudo se pronunciam. Sitgliz tem toda a razão. A sua entrevista na Antena 1 é sublimar. Todavia, esta gente que defende a "tresloucada permanência" de Portugal no euro (e até na UE, um dia) não percebe que tal com estamos, sob o jugo do Marco Alemão, vulgo Euro - mais o Banco Central que o suporta, esse lacaio de Berlim, o BCE -, nunca nos conseguiremos desenvolver e crescer! Tudo o resto é conversa mole! É uma questão de independência cambial, monetária e político-económica. Quem não percebe isto, ou é tolo, ou perto disso.

A Nossa Travessa disse...

Chicamigo

Nem mais. Puseste o dedo na ferida...

Abç do Leãozão (que continua muito... deslavado)

Anónimo disse...

Stigitz não fala só de Portugal, mas da inviabilidade do euro tal como está concebida num recente livro. Quando analfacomentadores nacionais deslumbrados com a moda perceberão que a crise não foi despontada por nós?
Fernando Neves

Anónimo disse...

"A sua entrevista na Antena 1 é sublimar"?

subliminar? sublime? sublâminar?

Anónimo disse...


Penso que as pessoas entre países não são amigos uns dos outros enquanto durar
a fuga para a frente que é o amontoar riquezas só para alguns mais fortes, ou será que essa informação que circula não estará correta ?!
Se estiver correta não faz sentido que não se estude primeiro bem a matéria, e só depois se analise que o que dizem por aí, que tanto dizem que é preto, como dizem que é branco !
Assim faz sentido pensar que, se dizem para Portugal sair do euro, será para pouparem mais uns cobres e não para ajudar a malta cá do sítio !

JS disse...

Se durante anos Portugal tivesse tido outro tipo de deputados, PMs e mesmo PRs -que afinal são os últimos representantes do povo a assinar/permitir um Orçamento de Estado no vermelho !!!- pergunta-se: Stigitz teria incluído Portugal no lote dos que, por não respeitarem comezinhas regras de contabilidade, terão que singrar sozinhos, no seu próprio bote, a meter água, prestes a naufragar, até aprederem a ... votar?.

Anónimo disse...

Anónimo "7 de setembro de 2016 às 20:04". É pior do que isso! É que a "Frente Nacional" também diz isso tudo - o mesmo que os comunas!

Anónimo disse...

O Anónimo de "7 de setembro de 2016 às 20:04" traz a conversa da chacha do costume.

De onde vem e com quem acompanha nota-se pelo uso do insultuoso comuna para os que quer atacar e do institucional e neutro Frente Nacional para outros, outros que a esquerda vê como mal.

Seguindo o tipo de raciocínio poder-se-ia escrever que João Ferreira do Amaral ou Stiglitz andam próximos da FN. Mas isso já dava pouco jeito.

O drama destes raciocínios ordinários é que são dissertações em falácia. Dizem que a FN dizem o mesmo que o PCP e lá concluem rapidamente que ambos os discursos serão maus.

Só que nem FN e PCP dizem a mesma coisa, nem muito menos as propostas que fazem são semelhantes.

Partidos irmãos da FN, ou quase, como os polacos e húngaros, apostam num discurso racista, exclusivo, na defesa da pena de morte, do autoritarismo, do pulso forte, do policial. No poder, nada fazem que resolva os problemas económicos e sociais das pessoas, embora reforcem o pulso e o chicote - o que maça pouco os poiares maduros e outros "cientistas" políticos desta vida.

PCP (e BE) nos acordos que fez com o PS e nas leis que tem aprovado tem o quê a ver com partidos como esses?




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